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Mulher idosa com esclerose múltipla

A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune e crônica que afeta o sistema nervoso central. É considerada uma das doenças neurológicas mais comuns em adultos jovens. Além disso, sua principal característica é a inflamação e a destruição da mielina, uma camada protetora que envolve as fibras nervosas no cérebro e na medula espinhal.

Dessa forma, a perda dessa camada prejudica a comunicação entre o cérebro e o restante do corpo, resultando em uma série de sintomas físicos e cognitivos.

O que é a esclerose múltipla?

A esclerose múltipla é uma das doenças conhecidas como doenças autoimunes, o que significa que o próprio sistema imunológico do corpo ataca células saudáveis, neste caso, a mielina, como dito anteriormente.

Essa destruição provoca lesões que afetam a transmissão dos impulsos nervosos. Conforme a mielina se danifica, surgem as placas de esclerose, áreas que afetam a função dos neurônios.

Os sintomas podem variar de acordo com a gravidade e a localização das lesões, o que torna a doença imprevisível. Pessoas com EM podem experimentar surtos seguidos de períodos de remissão, durante os quais os sintomas desaparecem ou diminuem de intensidade. Em alguns casos, no entanto, a progressão da doença é constante.

Causas da esclerose múltipla

Ainda não se sabe quais são as causas exatas da esclerose múltipla, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos e ambientais contribua para o desenvolvimento da doença. Alguns dos possíveis fatores que podem influenciar incluem:

  1. Genética: embora a esclerose múltipla não seja diretamente hereditária, a predisposição genética pode aumentar o risco. Pessoas que têm familiares com a doença possuem maior chance de desenvolvê-la.
  2. Fatores ambientais: acredita-se que a exposição a certos vírus, como o vírus Epstein-Barr, pode estar ligada ao desenvolvimento da esclerose múltipla. Além disso, a falta de exposição à luz solar e os baixos níveis de vitamina D também podem ser fatores de risco.
  3. Fatores imunológicos: como doença autoimune, a esclerose múltipla resulta de uma falha no sistema imunológico, que começa a atacar erroneamente as células do sistema nervoso central. Essa resposta imune desregulada provoca inflamação e lesões.

Sintomas da esclerose múltipla

Os sintomas da esclerose múltipla são bastante variados, além disso, podem afetar diferentes partes do corpo. Veja quais são os mais comuns:

  1. Fadiga extrema: é um dos sintomas mais debilitantes da EM, e muitas vezes não está relacionado a atividade física.

     

  2. Problemas de visão: distúrbios como visão dupla, embaçada ou até perda parcial da visão são sinais comuns.
  3. Dificuldade de locomoção: rigidez muscular, fraqueza nos membros além de problemas de equilíbrio podem dificultar os movimentos.
  4. Dores e espasmos musculares: espasmos dolorosos, formigamento e sensação de queimação podem ocorrer em diversas partes do corpo.
  5. Alterações cognitivas: dificuldade de concentração, perda de memória e confusão mental podem, também, surgir com a evolução da doença.
  6. Problemas de coordenação e fala: em alguns casos, a coordenação motora é afetada, bem como a capacidade de falar claramente.

Os sintomas podem aparecer de forma intermitente ou serem permanentes, dependendo da fase da doença.

Criança com esclerose múltipla brincando na escola junto com a sua professora

Tratamentos para esclerose múltipla

Apesar de não haver cura para a esclerose múltipla, existem tratamentos que ajudam a controlar os sintomas e desacelerar a progressão da doença. Além disso, o tratamento depende da fase em que a EM se encontra e das particularidades de cada paciente.

  1. Medicamentos imunomoduladores: esses fármacos ajudam a reduzir a frequência e a gravidade dos surtos, além de atrasar o avanço da esclerose múltipla. Médicos podem indicá-los para controlar a resposta do sistema imunológico.

     

  2. Tratamento de surtos: durante os surtos, utilizam-se frequentemente os medicamentos corticosteroides para reduzir a inflamação e aliviar os sintomas. Eles aceleram a recuperação após os episódios.
  3. Tratamentos sintomáticos: medicamentos para controlar sintomas específicos, como espasmos musculares, dor e fadiga, são prescritos para melhorar a qualidade de vida do paciente.
  4. Fisioterapia e reabilitação: programas de reabilitação e fisioterapia ajudam a manter a mobilidade e a força muscular, promovendo uma melhor adaptação às limitações impostas pela doença.
  5. Terapias experimentais: estudos e pesquisas estão constantemente sendo realizados para desenvolver novos tratamentos para a esclerose múltipla. Terapias com células-tronco, por exemplo, são uma área promissora e têm havido testes em diversos países.

Como lidar com a esclerose múltipla

O diagnóstico de esclerose múltipla pode ser um desafio emocional e físico para o paciente, mas existem várias estratégias que ajudam a lidar com a doença no dia a dia:

  1. Suporte psicológico: é importante contar com apoio psicológico para lidar com o impacto emocional da doença. Terapia individual e grupos de apoio podem ser ótimos aliados.
  2. Atividade física moderada: mesmo com limitações, praticar exercícios físicos adequados pode ajudar a manter a força muscular e melhorar o bem-estar geral.
  3. Controle do estresse: o estresse pode exacerbar os sintomas da esclerose múltipla, por isso, técnicas de relaxamento, como meditação e yoga, podem ser benéficas.
  4. Adaptação ao estilo de vida: ajustar o cotidiano para gerenciar melhor os períodos de fadiga e outros sintomas ajuda a manter uma rotina equilibrada.

Famosos que lidam com a doença

A esclerose múltipla já afetou várias personalidades, tanto no Brasil quanto no mundo. Veja alguns dos famosos que possuem o diagnóstico:

No Brasil:

  1. Claudia Rodrigues: a atriz e comediante brasileira, conhecida por seu trabalho em “A Diarista”, foi diagnosticada com esclerose múltipla em 2000. Desde então, ela tem enfrentado altos e baixos em sua saúde, mas continua em tratamento e já passou por diversas internações.

     

  2. Guta Stresser: a atriz, famosa por interpretar a personagem Bebel no seriado “A Grande Família”, revelou seu diagnóstico de esclerose múltipla em 2022. Desde então, ela compartilha abertamente sua jornada com a doença, trazendo mais visibilidade para a condição.

No mundo:

  1. Selma Blair: a atriz norte-americana, de “Legalmente Loira” e “Segundas Intenções”, obteve o diagnóstico de esclerose múltipla em 2018. Selma Blair fala muito sobre sua batalha contra a doença e continua ativa, mesmo após passar por momentos difíceis devido aos sintomas.

     

  2. Jack Osbourne: filho do cantor Ozzy Osbourne, Jack soube da condição em 2012. Ele compartilhou seu diagnóstico com o público e tem falado abertamente sobre sua experiência, ajudando a aumentar a conscientização sobre a doença.
  3. Christina Applegate: atriz norte-americana famosa por séries como “Married… with Children” e “Dead to Me”, Christina Applegate revelou seu diagnóstico de esclerose múltipla em 2021. Ela tem abordado a condição com muita coragem e continua a trabalhar em sua carreira.

Conclusão

A esclerose múltipla é uma doença neurológica desafiadora, mas com os avanços na medicina e o desenvolvimento de novos tratamentos, é possível controlar seus sintomas e ter uma boa qualidade de vida.

Portanto, reconhecer os sinais precocemente e buscar orientação médica especializada são passos fundamentais para lidar com a doença de forma eficaz. Dessa forma, é possível conviver com a esclerose múltipla e manter uma vida ativa e saudável.

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